sexta-feira, 3 de junho de 2011

A Lista de Schindler - Holocausto AO X-TREMO...

A Segunda Guerra Mundial foi marcada, pelo ódio e pelas mais terríveis atrocidades já cometidas pelo ser humano em todos os tempos e entre tantas formas de violência contra o ser humano naquela época, sem duvida, o Holocausto fora uma das mais terríveis e monstruosas manifestações do ódio... E entre tantos personagens que habitaram esse período sombrio, destaca-se entre outros, Oskar Schindler...


Oskar Schindler nasceu a 28 de Abril de 1908 em Zwittau na Morávia. A sua família de classe média católica pertencia à comunidade que falava em alemão nos Sudetas. O jovem “Schindler”, que estudava engenharia, esperava seguir os passos do seu pai e tomar conta da fábrica de máquinas agrícolas.

Alguns dos colegas e vizinhos amigos de Schindler eram judeus, mas este não estabeleceu nenhuma amizade íntima e duradoura com nenhum deles. Tal como muitos dos jovens que falavam alemão dos Sudetas, ele inscreveu-se no partido alemão Konrad Henlein's Sudeten, tendo-se inscrito no partido nazi depois da anexação alemã dos Sudetas em 1938.

Pouco depois do rebentar da guerra em Setembro de 1939, Schindler com 31 anos de idade foi para a ocupada Cracóvia. A cidade, casa para cerca de 60.000 judeus e sob a administração alemã, a Generalgouvernement, provou ser muito atractiva para os empresários alemães, que desejavam capitalizar as adversidades existentes no país ocupado. Naturalmente astuto e sem escrúpulos, Schindler apareceu, inicialmente, para alcançar algum sucesso por aqueles lados. Em Outubro de 1939, apropriou-se de uma fábrica até então proprietária de um judeu. Como resultado de algumas manobras - através do conselho comercial de um contabilista judeu polaco, Isaak Stern - Schindler começou a construir a sua própria fortuna. Em Zablocie, arredores de Cracóvia, uma pequena fábrica de equipamento de cozinha para o exército alemão começou a crescer. Em apenas três meses, a fábrica já empregava cerca de 250 polacos, incluindo sete judeus. No final de 1942, a fábrica expandiu-se para a produção de munições, ocupando cerca de 45.000 m2 e empregando quase 800 homens e mulheres. Destes, 370 eram judeus do gueto de Cracóvia, estabelecido pelos alemães depois de terem entrado na cidade. Desde cedo que Schindler adoptou um estilo de vida extravagante, divertindo-se à noite na companhia de altos oficiais das SS, assim como na companhia de uma mulher polaca bastante bonita. Até certa altura, o que o colocou longe dos benefícios da guerra foi o tratamento humano para com os seus trabalhadores, nomeadamente para com os judeus.

Schindler nunca desenvolveu qualquer resistência ideológica contra o regime nazi. No entanto, a sua crescente repulsa e horror relativamente à insensível brutalidade da perseguição nazi da população judaica provocou uma curiosa transformação no oportunismo imoral. Gradualmente, o seu objectivo egoísta de ganhar dinheiro passou para segundo plano, dando mais importância ao facto de pretender salvar o máximo de judeus das execuções nazis. Uma das principais ferramentas de Schindler para a tarefa de salvar vidas prendia-se com o facto da sua fábrica ser considerada como essencial para o esforço de guerra na Polónia ocupada. Tal não servia apenas para obter contratos lucrativos com os militares mas também para retirar alguns judeus da jurisdição das SS. Quando os seus empregados eram ameaçadas com a deportação para Auschwitz por parte das SS, Schindler podia pedir para que fossem dispensados, argumentando que a sua deportação iria dificultar seriamente os esforços para manter a produção essencial para o esforço de guerra. Schindler não hesitou em falsificar os documentos, empregar crianças, domésticas e advogados como sendo experientes mecânicos. Para além disso, também foram protegidos trabalhadores sem qualificação ou temporariamente incapacitados.

A Gestapo prendeu Schindler algumas vezes, tendo chegado a interrogá-lo sobre possíveis irregularidades e favorecimento de judeus.

Em Março de 1943, o gueto de Cracóvia foi liquidado, sendo os judeus que ainda restavam transportados para o campo de trabalhos forçados de Plaszow, nos arredores de Cracóvia. Schindler pediu ao SS-Haupsturmführer Amon Goeth, o brutal comandante do referido campo, que o deixasse estabelecer um campo secundário especial para os trabalhadores judeus da sua fábrica de Zablocie. Nesse local, era mais fácil de manter os judeus em condições relativamente toleráveis, fornecendo-lhes alimentos comprados com o próprio dinheiro no mercado negro.


No fim de 1944, Plaszow e todos os campos secundários tiveram de ser evacuados devido ao avanço dos russos. A maioria dos prisioneiros (mais de 20.000 homens, mulheres e crianças) foram enviados para os campos de extermínio. Ao receber ordem de evacuação, Schindler, que tinha conseguido aproximar-se do supremo comando do exército (OKW), tratou de obter autorização oficial para continuar a produção numa fábrica que ele e a sua mulher tinham estabelecido em Brünnlitz, nos Sudetas. Sendo assim, era suposto que todos os trabalhadores de Zablocie, aos quais já se tinham juntado grande parte dos trabalhadores do campo de Plaszow, fossem transferidos para a referida fábrica. No entanto, em vez de serem transferidos para Brünnlitz, 800 homens (entre os quais 700 judeus) e 300 mulheres da lista de Schindler foram desviados para Gross-Rosen e para Auschwitz, respectivamente.

Quando soube do sucedido, Schindler tratou de assegurar a libertação dos homens do campo de Gross-Rosen. Depois, enviou o seu secretário pessoal alemão a Auschwitz por forma a negociar a libertação das mulheres. Foi necessário pagar à Gestapo 7 marcos alemães por cabeça diariamente. Este foi o único caso na história do campo de extermínio da libertação de um grande número de prisioneiros na altura em que as câmaras de gás ainda se encontravam em funcionamento.

Uma das acções humanitárias mais notáveis levadas a cabo pelos dois Schindler envolveu 120 prisioneiros judeus de Goleszow, um dos campos secundários de Auschwitz. Os homens trabalhavam na fábrica de uma pedreira que pertencia à companhia sob a tutela das SS. Com a aproximação dos russos em Janeiro de 1945, foram evacuados para Goleszow e transportados em vagões para gado sem comida nem água. Após sete dias de caminho em pleno Inverno, os guardas das SS estacionaram os vagões às portas de Brünnlitz. Emilie Schindler foi a tempo de impedir que o comandante das SS do campo ordenasse que o comboio voltasse para trás. Schindler, que tinha regressado ao campo depois da procura de comida no exterior do campo, teve alguma dificuldades em convencer o comandante de que precisava urgentemente das pessoas que se encontravam encerradas no comboio para a fábrica.

Quando os vagões foram finalmente abertos, foram descobertos quase trinta corpos congelados. Schindler percebeu que o comandante planeava, à melhor tradição nazi, incinerar os desafortunados num dos fornos da fábrica. Schindler conseguiu que fossem cremados de acordo com o rituais religiosos judaicos numa parcela de terreno perto de um cemitério católico, que tinha sido comprado especialmente para esse fim. Os restantes 107 sobreviventes, terrivelmente enregelados e assustados, tiveram tratamento médico.

Nos últimos dias de guerra, mesmo antes da entrada do exército russo na Morávia, Schindler conseguiu ir para a Alemanha, em território controlado pelos Aliados. O magnata industrial do tempo de guerra encontrava-se então sem um único centavo. No entanto, organizações de judeus e grupos de sobreviventes apoiaram-no nos anos seguintes, ajudando a financiar (a longo prazo, mal sucedido) a sua emigração para a América do Sul. Quando Schindler visitou Israel em 1961, a primeira das suas setenta visitas, foi recebido e extremamente bem tratado por 220 sobreviventes. Ele continuou a viver parcialmente em Israel e na Alemanha. Depois da sua morte em Hildesheim, Alemanha, em Outubro de 1974, os sobreviventes desolados apoiaram a transferência dos restos mortais de Schindler para o Cemitério Protestante de Jerusalém, Israel. Emilie Schindler morreu a 5 de Outubro de 2001 e encontra-se enterrada na Alemanha.

A 18 de Julho de 1967, Yad Vashem decidiu reconhecer Oskar Schindler como um Honorável entre as Nações. No dia 24 de Junho de 1993, Yad Vashem decidiu reconfirmar a sua decisão original estendendo o reconhecimento também para a mulher de Schindler, Emilie Schindler.

A Lista de Schindler, o filme:


É um filme de 1993 baseado no livro Schindler's Ark, de Thomas Keneally (o livro foi mais tarde renomeado para Schindler's List). O filme, dirigido por Steven Spielberg. Relata a história de Oskar Schindler, um checo que salvou a vida de mais de mil judeus polacos/poloneses durante o holocausto. O título refere a lista de 1.200 judeus que Schindler contratou para trabalhar na sua fábrica, tirando-os dos campos de concentração.

Steven Spielberg, mais tarde, disse que fazer o filme o afetou profundamente. A maior parte dele foi produzido em preto e branco. Apresentou cores apenas no prólogo e no epílogo, e uma cor vermelha em duas cenas especiais para se entender o que levou Schindler a salvar os judeus da morte. Seu subtítulo - Quem salva uma vida salva o mundo inteiro - é uma citação de Steven Spielberg, mais tarde, disse que fazer o filme o afetou profundamente. A maior parte dele foi produzido em preto e branco. Apresentou cores apenas no prólogo e no epílogo, e uma cor vermelha em duas cenas especiais para se entender o que levou Schindler a salvar os judeus da morte. Seu subtítulo - Quem salva uma vida salva o mundo inteiro - é uma citação de Talmud. Aclamado pela crítica, o filme ganhou fama por seu detalhamento gráfico da horrível brutalidade do holocausto.
Desde que foi lançado, Schindler's List ascendeu em status e foi considerado um dos melhores filmes da década de 1990. É também considerado por ser uma das melhores realizações de Steven Spielberg por muitos críticos; é muito bem votado na lista dos 250 melhores filmes da Internet Movie Database, mantendo-se sempre entre os dez primeiros.
Talmud. Aclamado pela crítica, o filme ganhou fama por seu detalhamento gráfico da horrível brutalidade do holocausto.
Desde que foi lançado, Schindler's List ascendeu em status e foi considerado um dos melhores filmes da década de 1990. É também considerado por ser uma das melhores realizações de Steven Spielberg por muitos críticos; é muito bem votado na lista dos 250 melhores filmes da Internet Movie Database, mantendo-se sempre entre os dez primeiros.

Contradições... A Lista de Schindler nunca existiu?!



Após sete anos de pesquisa, biógrafo (David M. Crowe) esboça contradições de Schindler.

A Lista de Schindler nunca existiu. Pelo menos não a lista com L maiúsculo ficcionalizada pelo romance de Thomas Keneally, fonte do filme A Lista de Schindler, de Steven Spielberg. Esta é apenas uma das novidades levantadas pela biografia escrita por David M. Crowe e recém-lançada nos Estados Unidos sob o título Oskar Schindler – The Untold Account of His Life, Wartime Activities, and the True Story Behind the List (Oskar Schindler – O relato não narrado de sua vida, atividades durante a guerra, e a verdadeira história por trás da lista).
Listas feitas por terceiros
Na verdade, existiram nove listas, das quais quatro foram feitas por Marcel Goldberg, um membro corrupto do chamado Serviço Judaico de Ordem (Jüdisches Ordnungsdienst), a tropa policial do gueto de Cracóvia. Schindler só pôde ter sugerido alguns poucos nomes de judeus a serem salvos, pois na época estava preso, acusado de tentar subornar o comandante da SS, Amon Göth. Crowe não tem informação sobre a autoria das demais listas, ainda desaparecidas. Ele confirma que a versão de uma lista única de autoria própria foi propagada pelo próprio Schindler depois da guerra.
Crowe não questiona a coragem civil de Schindler, disposto a empenhar sua fortuna e arriscar a própria vida para salvar mais de 1100 judeus da deportação para campos de extermínio nazistas. No entanto, aponta que esta atitude foi resultado de um processo de transformação pessoal. Antes de se tornar benfeitor, provavelmente motivado pela dimensão bárbara do crescente terror contra os judeus, Schindler fora um "perigoso espião de calibre", comandante da unidade do serviço secreto que planejou a invasão da Polônia. Crowe destaca que Schindler teria se oposto inicialmente à deportação de judeus também para evitar desfalque no quadro de funcionários de suas fábricas.
Mérito de Schindler intocado
Algo que a biografia de 766 páginas também destaca é o proveito que Schindler tirou de sua amizade com judeus depois da guerra. O autor não hesita em sentenciar o biografado: "Devo admitir que fico consternado com o oportunismo de Schindler, sobretudo quando se tratava de usar seus contatos de amizade com judeus para conseguir vantagens econômicas após a guerra".
O biógrafo – historiador da Universidade de Elon, na Carolina do Norte, uma instituição ligada à United Church of Christ, e membro da comissão de formação do Museu Memorial do Holocausto, em Washington – destaca que os judeus salvos por Schindler resistem à relativização de sua imagem como herói. Crowe entrevistou dezenas dos chamados "judeus de Schindler" e pôde constatar gratidão irrestrita para com seu benfeitor. O autor considera esta visão "pragmaticamente romântica", mas a respeita em seu julgamento de Schindler.
Recepção na Alemanha
A imprensa alemã noticiou com atenção o lançamento da biografia de Schindler por Crowe nos Estados Unidos. O que mais satisfez a crítica foi o fato de haver uma fonte biográfica confiável que permita avaliar a trajetória do Schindler histórico ficcionalizado por Keneally e Spielberg. O fato de a biografia apresentar um Schindler mais controverso e mais mundano – mulherengo, beberrão e oportunista – o torna mais humano, e por isso mesmo mais extraordinário, opina a imprensa alemã.




Fonte:
http://pt.worldwar-two.net/biografias/76/

http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Lista_de_Schindler

http://www.dw-world.de/dw/article/0,,1415300,00.html

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